A mostra “Presépios de Portugal” tem vindo a registar, ano após ano, sucessivos recordes no número de peças expostas, bem como no de artesãos participantes, oriundos de Norte a Sul do País. A tendência de crescimento mantém-se regular ao longo dos últimos anos, confirmando o evento de Vila do Conde como uma referência do género a nível nacional.
Sendo a Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde considerada aquela que mais projeção assegura aos artífices nacionais, contribuindo de forma decisiva para a divulgação, promoção e venda do artesanato tradicional, a organização do evento tem vindo a promover mais esta iniciativa, não só como forma de incentivo à produção artesanal, mas também apresentando uma proposta alternativa de presentes na Quadra Natalícia.
Indissociável da nossa memória coletiva, o Presépio ultrapassa em muito o ato de Fé que representa a Sagrada Família.
O primeiro presépio do mundo terá sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, e rapidamente se alargou a diferentes culturas.
Contrariamente ao que encontramos noutros países, o designado Presépio Tradicional Português é formado por figuras muito diversas. E, com exceção das figuras da Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos, todas as restantes surgem no Presépio Tradicional Português com vista a dar uma representação “mais portuguesa” à história da Natividade.
E, de região em região, se foram acrescentando pormenores e materiais, conforme os usos e costumes.
Atualmente, será difícil a tarefa de elencar tal variedade, mas em Vila do Conde, na Exposição/Venda Presépios de Portugal é certo que a diversidade está assegurada.